segunda-feira, 28 de março de 2011

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A camisa do lado avesso, pés no chão frio, levanto da cama pra atender o telefone que já parou de tocar. Não deito de novo, abro a persiana e o sol ofusca a minha visão e por alguns segundos sou cego, vou e venho na minha cegueira interminável tateio tudo ao meu redor e nem sei mais onde eu estou. Mas vem a indiferença e nada me importa não ver, já não enxergo a muito, de que me serve tantos sentidos se nenhum deles parece estar sendo usado, se tudo na minha visão fosse visto como um túnel, o túnel estaria em desfoque, acho que simplesmente não me importo com o túnel nem com o que tem dentro dele, me importo com o nada, e o nada me veste muito bem, e nessa de não me importar esqueci de ligar pra mim mesmo. Minha visão voltou, pelo menos acho que voltou porque nem vejo a diferença, mas sei que o telefone voltou a tocar.

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